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domingo, 11 de março de 2012

Análise: Mini Cooper S 2010


O Mini é conhecido pela sua condução idêntica a um kart, e nós percebemos o que se passa aqui, um carro pequeno, de relativamente baixo peso, com as rodas nas extremidades do Mini Cooper S, a agilidade, a baixa posição de condução e a envolvência que temos com o Mini durante a condução, tem realmente semelhanças com um kart.


Mas não é só a sensação de kart que faz o Mini Cooper S, mesmo em baixas velocidades o carro transmite tudo o que se passa nas rodas da frente, rodas traseiras, chassis, através do banco e volante, é uma sensação dificil de explicar por palavras.


Muitos dizem que o Mini Cooper S é desconfortável, mas nós não o achamos desconfortável. Sim, a suspensão está afinada para uma condução desportiva, e a curta distância entre eixos, faz com que o chassis transmite mais ruídos e vibrações aos passageiros, mas esta curta distância entre eixos e a suspensão permitem que o condutor ávido tenha bons momentos ao volante do Cooper S.


Devido à estabilidade, segurança e aderência, as curvas são feitas a velocidades altas, com um chassis bastante ágil e manobrável a meio de qualquer curva, sub-viragem só aparece se conduzirmos com idiotas, sendo que maior parte do tempo o Cooper S faz as curvas quase que sobre carris, e mesmo a inclinação da carroçaria é muito limitada.


A direcção é directa, precisa e com sensibilidade, mas leve quando é preciso. Os pedais têm o peso certo, assim como a caixa manual de 6 velocidades directa, bem oleada, rápida e com curta acção da alavanca de mudanças.


A enviar potência à caixa de manual está um motor 4 cilindros gasolina de 1,6 litros turbo, com 184 cavalos e 240nm de binário logo às 1600rpm, permitindo ao Mini Coopers S acelerar dos 0-100km/h em 7 segundos e atingir uma velocidade máxima de 228km/h e o mais importante, é que é possível fazer ultrapassagens com conforto, ou seja, rápidamente. É um motor suave e com boa resposta na entrega de potência, seja a que rotações for


Mas não é só de emoções nas estradas secundárias que este Cooper S vive. É primeiro que tudo um meio de transporte, mas um meio de transporte bastante chique. O interior deste Mini é muito criticado por não fazer qualquer sentido, mas nós achamos que é um sitio bastante agradável de se estar, o tablier com os cromados em volta dos binóculos com o conta rotações e enorme velocímetro, bem como as saídas de ar do ar condicionado dão o aspecto de ser algo com classe e charme. Está também bem construído, ou não fosse um produto do grupo BMW. Em andamento moderado a cabine está livre de sons vindos do motor e o consumo anda nos 6/7 litros dependendo do pé que o conduz.


Os bancos em pele são bastante confortáveis e têm bons níveis de ajuste tanto longitudinalmente como em altura (tal como o volante), sendo fácil de encontrar a posição de condução perfeita e conduzir durante vários quilómetros sem nos sentirmos cansados ou com dores nas costas. Na traseira o espaço não abunda, mas para viagens curtas é mais que suficiente, desde que as pessoas a bordo não sejam maiores que 1,70m. A bagageira também é ridícula com apenas 160 litros de capacidade, mas mais que suficiente para o dia-a-dia.


A única verdadeira desvantagem do Cooper S é o preço, começa nos 28200€ o que para o que oferece não é um valor assim tão alto, mas a partir do momento em que começamos a escolher extras o preço muda de "figura". Os bancos em pele por exemplo são 1500€, os sensores de estacionamento traseiros custam 370€, os faróis bi-xénon que recomendamos vivamente são 720€, e continua, podemos vir a gastar 39000€ num Mini se escolhermos todos os extras.



Pontos positivos:

  • Fácil de conduzir, divertido, dá-nos montes de sorrisos 
  • Não é tão desconfortável como muitos pensam
  • Imagem de marca bastante admirada e reconhecida
Pontos negativos
  • Quantidade e preço dos extras
  • O espaço nos bancos traseiros e bagageira vai deixar alguns compradores de pé atrás

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