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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Honda CR-Z 2011 - Análise

Temos aqui um híbrido, que tem um aspecto bastante dramático, compacto e desportivo.

Sentamos-nos num banco com uma posição baixa e bastante desportiva, fechamos a porta e ouvimos um som de indicação de boa qualidade, muito ao estilo Honda: construído para durar, à nossa frente temos um volante também bastante compacto em pele, com controlos para cruise control e funções do rádio, bluetooth e computador de bordo, na consola central temos um rádio simples, com bom som vindo das colunas, os controlos do ar-condicionado, são tal como o resto do CR-Z, bastante compactos. Apesar de usar plásticos duros, são mais agradáveis ao toque que os materiais usados por outras marcas.

É um carro com 4 metros de comprimento, mas devido ao seu aspecto exterior o espaço nos bancos traseiros é nula, depois de ajustarmos o banco para a posição ideal, o espaço entre as costas do banco do condutor e banco traseiro é um dedo de espaço, tornando-os inúteis para adultos. 

Colocamos a chave na ignição e vêmos um painel de instrumentos bastante futurista em tons azuis, dominado pelo conta-rotações ao meio.

Ligamos o motor, e metemos a caixa de 6 velocidades única num híbrido em 1ª, esta caixa é bastante leve e no entanto precisa. Arrancamos com um motor de 1.5 litros a gasolina de 4 cilindros de 114cv e 96nm de binário, mais a ajuda do motor eléctrico com 14cv e 78nm de binário, produzindo no total 128cv e 174nm de binário que são enviadas às rodas da frente, levando este pequeno coupé dos 0-100km/h em 10 segundos e uma velocidade máxima de 200km/h.

A direcção deste Honda CR-Z é agradavelmente leve, directa e precisa, mas não comunica o que se passa na frente, que arruína muito bem o que poderia ser um bom carro. Mas há mais para desiludir o condutor ávido. O chassis vindo do Honda Insight não está preparado para aguentar com uma condução mais rápida, e sente-se bastante a flexibilidade do chassis.

Mas não é aborrecido de todo, o som do motor, a caixa de velocidades precisa, a sensibilidade do pedal do travão e a ajuda que o motor eléctrico dá em rotações baixas, são bem vindas.

A suspensão faz um bom trabalho a amortecer estradas com imperfeições curtas, mas em estradas com mais elevações, e degradadas tem alguma dificuldade em amortecer tão bem e envia algumas vibrações para  o banco do condutor e estrutura. Mas isso traduz-se na curvas, num CR-Z que não sofre tanta inclinação como esperado.

Requinte a bordo é medíocre, e piora com velocidades superiores, com o ruído aerodinâmico e pneumático a aumentar consideravelmente. A visibilidade traseira também é prejudica pela janela divida.

Este híbrido tem outros problemas, não é tão económico como um diesel pelo mesmo preço.
É caro começando nos 24000€ para a versão Sport, e 26000€ para a versão GT que trás mais equipamento de série, tal como os faróis xénon.

Pontos positivos:
  • Aspecto futurista
  • Interior espaçoso na frente
  • Boa construção
  • Caixa de velocidades
  • Bom equipamento
  • Ajuda do motor eléctrico bastante suave e discreta
Pontos negativos:
  • Para um híbrido não é mais económico que um diesel
  • Espaço atrás
  • Visibilidade para trás
  • Chassis e direcção merecem outra afinação
  • Suspensão não sabe o que fazer em algumas superfícies 

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